domingo, 3 de março de 2019

Quantas vezes tropeçaremos com a mesma pedra?

Sou um Guerreiro: disso não tenho a menor dúvida. Como uma ideia recorrente na minha vida, ouvi recentemente que o importante não é o quanto você consegue acertar, mas sim a quantidade de golpes que consegue suportar. É verdade, concordo. Aliás, tendo isso em conta, devo dizer que já apanhei bastante e ainda estou aqui "firme e forte", como alguns diriam. Não vou mentir: houveram muitos momentos nos que estive com dúvidas, momentos em que precisei daquela situação que tantos adoramos na qual reclamamos e as pessoas na volta nos dizem o tanto de valor que há em nós, o quanto a gente já lutou e, sim, "como a vida é injusta" e que muitas vezes não é culpa nossa: A gente tentou.

Perigoso pensar que quando algo não é conseguido foi tentado de todas as maneiras possíveis. Não foi. A verdade é que tentamos de todas as maneiras que eram o suficientemente confortáveis ou "não tão desconfortáveis" para que valessem a ação sem tanto sacrifício. Pensando bem, se realmente tivéssemos tentado o suficiente, ou teríamos conseguido ou não doeria tanto não ter chegado lá. O problema é a culpa que invade ao termos que reconhecer que realmente tentamos enganar a nós mesmos e aos outros com a atitude de quem estava com todas as de ganhar mesmo sem saber realmente o que estava fazendo ou sem espremer todo o potencial de nossa missão. E sim, chega sempre o momento de não conseguir mais esconder que nos metemos em um caminho que talvez não era aquele que a gente esperava. Foi precipitado, não nos preparamos o suficiente física e psicologicamente para aquilo e agora temos no prato mais do que conseguimos digerir. Se continuarmos seremos infelizes porque estamos fazendo algo que já não nos dá prazer, se desistirmos, seremos castigados por nossa própria consciência e pelas consciências que nos rodeiam com consolos que sabemos que não são merecidos. Como seguir? O que fazer? De novo, decisões, mais repercussões, que complicado...

É... lá se vai pelo ralo o controle e a fortaleza que nos levou a acreditar que tudo podíamos. Não, não podemos tudo, não por sermos incapazes, mas porque nossa energia se foca naturalmente nas coisas que nos dão prazer genuíno, aquelas que nos satisfazem mesmo que não as façamos com a suficiente frequência para alimentar nossa felicidade. Eis o choque de realidade; Esse é o modo que a vida têm de castigar nossas perdas de tempo seguindo caminhos e buscando destinos que no fundo não queremos, ideias que compramos porque era o que supostamente era correto fazer: Quanta tolice a nossa!

Quantas vezes tropeçaremos com a mesma pedra?

Nenhum comentário:

Postar um comentário